Bom senso é a chave para tal questão; funcionários demais pesam na folha de pagamento, mas funcionários de menos comprometem a qualidade do atendimento
O número de funcionários em uma clínica é fator determinante para o sucesso do local – ou para seu eventual insucesso, com a clínica vendo-se obrigada a fechar as portas. Por isso, vale muito a pena parar por algum tempo e estudar em profundidade essa questão.
Convém não partir do princípio, em se tratando do número de funcionários em uma clínica, de que quanto menos colaboradores a clínica de saúde tiver menores serão suas despesas e maiores serão seus ganhos.
Tal situação pode até gerar, durante alguns poucos meses, um lucro melhor ao proprietário ou aos proprietários de uma clínica (que, geralmente, são médicos).
Mas isto simplesmente não se sustenta no longo prazo. Medicina é prestação de serviço – serviço de qualidade, obrigatoriamente.
Ora, não é economizando em salários que se atinge o nível de qualidade desejável em seu estabelecimento médico. E, sem um bom atendimento, os pacientes antigos vão embora, não voltam – e os novos nem sequer chegam.
Por outro lado, o excesso de pessoas no quadro funcional da clínica ou consultório não faz sentido.
Os cuidados com a saúde são um ramo que exige mão-de-obra altamente qualificada, mas não necessariamente numerosa. Um único enfermeiro que seja capaz, motivado e bem treinado pode se mostrar mais valioso que dois ou três que não tenham tais qualidades.
Percebe-se que, dadas as características únicas que um atendimento médico carrega, é preciso escolher com cuidado não só a quantidade, mas também a qualidade, profissionalmente falando, dos colaboradores de uma clínica ou consultório.
Definindo o corpo de funcionários de sua clínica
O funcionamento adequado (e também a imagem de uma clínica perante a sociedade) está bastante condicionado aos médicos que nela atendem, sem dúvida.
Porém, o êxito de um consultório ou clínica também depende de como os funcionários do local atuam. E a qualidade do trabalho dos funcionários de uma clínica não é algo que responda somente ao salário que eles ganham (embora isso influa no desempenho deles, é claro).
Depende também, por exemplo, da contratação dos funcionários corretos para cada posto de trabalho na clínica. Em uma área que demanda tanto dos que nela atuam, como no caso dos cuidados com a saúde, a escolha da pessoa certa para a vaga certa é algo primordial.
Os funcionários essenciais para uma clínica (sem contar médicos, enfermeiras, anestesistas e demais profissionais que são exclusivos do ramo médico) são os que se seguem:
- Auxiliar/ajudante/assistente – Tal colaborador controla e faz a organização do estoque de materiais de trabalho do médico. Em alguns casos, ele também acompanha o profissional da medicina em exames nos quais seja necessária sua ajuda;
- Recepcionista/secretária – Esta funcionária fará os agendamentos de consulta, e também eventuais remanejamentos e cancelamentos das mesmas. Além disso ela representará a face da clínica para muitos pacientes, dado que será a primeira pessoa que eles verão ao adentrarem o estabelecimento;
- Membros da equipe de limpeza – Estes trabalhadores têm uma tarefa muito importante, que é a de zelar pela assepsia da clínica. Em um estabelecimento de saúde esta é uma tarefa da mais alta relevância, pois é praticando altos graus de higiene que se evitam contaminações no ambiente médico.
Quanto a trabalhadores que façam, por exemplo, a contabilidade da clínica, sua segurança ou mesmo o recrutamento de novos profissionais para o consultório e/ou clínica, talvez o ideal seja contratar os serviços deles via empresas terceirizadas, dado que a demanda pelas funções que os mesmos executam ou é esporádica, ou está muito longe da atividade-fim da clínica.