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Telemedicina: Como atrair mais pacientes?

4 de junho de 2020 |
Imagem vetorial de uma pessoa fazendo atendimento por meio da telemedicina
(Banco de imagens: Shutterstock)
3 min. de leitura

A telemedicina é um conceito que vem se popularizando cada vez mais no Brasil, especialmente com a chegada da pandemia de Covid-19. Apesar disso, esta é uma área da saúde que ainda gera muitas dúvidas tanto entre os pacientes como nos médicos — que nem sempre entendem os reais benefícios e aplicações da prática.

Em primeiro lugar, é necessário entender que a telemedicina significa a prática da medicina à distância, o que deve sempre respeitar o possível e o aplicável. Com o avanço de tecnologias, existem diversos dispositivos eletrônicos que podem auxiliar profissionais da saúde e pacientes, mas é claro que existem situações em que o atendimento presencial é necessário.

Entendendo a telemedicina

A telemedicina é, resumidamente, uma área da medicina que facilita a troca de informações entre os profissionais da saúde e seus pacientes, o que acaba melhorando e ampliando a possibilidade de atendimento, atraindo mais pacientes, facilitando o acesso da população a informação e respostas rápidas.

Como engloba outros profissionais da saúde, e não apenas médicos, o termo também pode ser utilizado como telessaúde. Desenvolvida em 1967, no Hospital Geral de Massachussetts (Estados Unidos), esta área criou uma linha de comunicação com o aeroporto de Boston para que pudessem ser feitos atendimentos de emergência com o auxílio dos profissionais de saúde presentes. Esta foi a primeira prática de telemedicina já registrada.

No entanto, esta metodologia só ganhou projeção e popularidade nos últimos anos, conforme os computadores, celulares e o acesso à internet se tornaram mais dominantes nas rotinas profissionais e particulares das pessoas.

Como funciona?

Esta área da medicina pode funcionar de distintas maneiras, tanto dentro da educação, quanto da assistência e da pesquisa. Entre suas interdisciplinaridades, destacam-se a teleassistência e a telerradiologia.

Na primeira, o profissional da saúde coleta os dados dos pacientes e os repassa para outros profissionais à distância. Assim, o profissional termina recebendo as orientações, de forma terceirizada, quanto ao diagnóstico e por consequência o tratamento mais apropriado, para poder realizar os procedimentos junto ao paciente.

Enquanto isso, na telerradiologia, os exames de imagem radiológica são feitos na clínica e os resultados são enviados a um radiologista. Este acaba emitindo o laudo a distância. É importante frisar que todo o procedimento é regulamentado e feito de maneira cuidadosa e atenciosa.

Vantagens da telemedicina

A telemedicina existe para romper distâncias geográficas e possibilitar que pacientes de todas as regiões tenham acesso a serviços médicos de qualidade, sem a necessidade de viajar. Esse tipo de prática beneficia principalmente regiões mais afastadas e onde, presencialmente, recebem menos recursos médicos, fármacos e hospitalares.

Além disso, a telemedicina eleva o nível de qualidade do atendimento prestado e diminui os custos com capacitação profissional. Sua prática traz agilidade ao sistema e abrevia os resultados de exames. Com a pandemia de Covid-19, a prática também se destacou como uma maneira de garantir atendimento médico sem expor os pacientes à possibilidade de se contaminar pelo novo coronavírus.

Vale lembrar, entretanto, que existem muitas situações em que o atendimento presencial não pode ser substituído pela telemedicina. É o caso, por exemplo, de alterações físicas que exigem que o médico faça exames e avaliações que incluem toque, avaliação de alterações na textura da pele ou até mesmo controle da temperatura corporal.

Se interessou pela telemedicina? Esta é uma metodologia considerada possível pelo Conselho Federal de Medicina. Uma resolução recente também passou a aprovar as teleconsultas por meio de videoconferência, garantindo assim a manutenção da quarentena em razão da pandemia de Covid-19. Como resultado, muitas visitas a hospitais puderam ser evitadas, garantindo a proteção tanto de médicos como de pacientes.